segunda-feira, 21 de junho de 2010

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Hoje vou falar sobre o dia do meu casamento que aconteceu em setembro de 1980.

Depois de apenas 3 meses que nós estavamos namorando, resolvemos casar, minha família muito pobre não pode comprar um vestido de noiva para mim, também com essa pressa toda aí é que não tinha  mesmo como comprar, então casei com um vestido que já possuia e havia vestido algumas vezes, era inclusive estampado, na época existia uma tradição que  moça quando não casava de branco não era mais virgem, mas a nossa história juntos contrariou até nisso.
O casamento no civil aconteceu na sexta feira a tarde e no sábado  as 10:00 hs (manhã), em  pleno dia de feira  livre no maior movimento nas ruas, atravessamos quase a cidade, saimos da rua Joel Damasceno para a igreja de Santana (matriz) os dois no mesmo carro, e ainda dizem que o noivo não pode ver a noiva antes do casamento, quando chegamos na igreja não podemos entrar, pois nesse tempo não havia salão de velório e tinha um caixão de defunto dentro da igreja, ficamos na rua, debaixo de sol forte, esperando que o cortejo saísse.
Quando entramos, tinha mais dois casais, (do sítio) então foi um casamento coletivo, mas as noivas estavam vestidas de branco todas bem arrumadas, só eu estava de vestido curto e estampado, então o Pe. Antenor 
 Salvino que era o pároco me chamou na sacristia para conversar e me perguntou duas  vezes se eu já tinha vida matrimonial com meu noivo, respondi que não, mas parece que ele não acreditou.
Algum tempo depois descobrimos que uma das noivas vestidas de Branco estava grávida mas não levantou suspeita nenhuma, estava vestida como manda a tradição, eu só tive o primeiro filho em dezembro do ano seguinte quer dizer 1 ano e 3 meses depois. Como as aparência enganam.
Depois da cerimônia que foi bem descontraída, fomos para a casa do noivo, (meus pais não moravam na cidade) e lá tinha aquela festa de pobre, um carneiro que meu pai mandou, algumas cervejas e refrigerantes, eu era tão tímida que não comí nada nesse dia e nem falava também.
Da minha família vieram apenas dois irmão que ainda eram crianças, e os convidaddos resolveram dar bebida para o mais assanhado, que depois de poucos goles o coitado já estava embriagado e outro que não bebeu com medo de voltar para casa em cima da carroceria de um caminhão de feira e acontecer algum acidente com ele, mas mesmo assim foram  e graças a Deus nada aconteceu.
Como pobre adora festa, essa  comemoração se estendeu até a noite.
Logo depois fomos para nossa casa, não lembro se fomos caminhando ou se alguém nos levou de carro, a casa que arrumamos para alugar ainda estava em construção, não tinha piso nem acabamento nas paredes, não tinha energia, só a água estava ligada, os únicos móveis que tinha  na casa era uma geladeira que ganhamos de presente dos colegas de trabalho mas não tinha como funcionar sem energia e um fogão que foi trocado num terno (paletó) que Peru tinha.mas não tinha o botijão de gás, uma cama e um gaurda roupas que foi comprado financiado e pago apenas duas prestações.
Como dar para observar, foi um começo bem dificil, mas éramos muito jovens, eu com 19 e ele com 23 anos e tinhamos em comum a vontade de vencer  na vida.

 E 30 anos depois posso dizer que vencemos, qualquer dia conto mais.

Um comentário:

  1. kkkkkkkkkkk Essa da troca do paletó no fogão eu não sabia nãoo!!
    Aí gosta de trocar as coisas viu.. As coisas na vida de vocês foi a base da troca, o paletó no fogão, a televisão no fusca, etc...

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